Publicado às 22h27
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Coração artificial, feito de Titânio, conhecido como Bivacor. Foto: Getty Images |
Resultado é inédito, segundo
médicos; alternativa poderá ser uma solução para pacientes que aguardam
transplantes de órgãos
Um homem australiano de
aproximadamente 40 anos se tornou a primeira pessoa a deixar um hospital e
sobreviver mais de 100 dias com um coração artificial feito de titânio. O
dispositivo, que ainda está em fase de testes, será usado como medida
temporária para pessoas com insuficiência cardíaca que estão esperando por um
coração de doador.
A informação foi divulgada por
uma das revistas científicas internacionais mais respeitadas do meio, a Nature.
O homem, cujo nome não foi divulgado, viveu com o dispositivo, conhecido como
“BiVACOR”, por mais de três meses até receber um coração humano doado. Ele
continua em recuperação no St Vincent's Hospital Sydney, na Austrália.
Ele é a sexta pessoa no mundo
a receber o coração artificial, mas o primeiro a viver um período tão longo com
o dispositivo. O resultado inédito está sendo celebrado na comunidade médica,
pois, segundo os pesquisadores, ajudará a entender como o paciente lidará com o
dispositivo no mundo real.
À revista, a cirurgiã vascular
da Universidade de Sydney Sarah Aitken classificou a conquista como
“incrivelmente inovadora”, mas ponderou que ainda estão sem respostas questões
como o nível da qualidade de vida do paciente e o custo final do dispositivo.
“Esse tipo de pesquisa é
realmente desafiadora de se fazer, pois é muito caro e a cirurgia envolvida é
de altíssimo risco”, explicou.
Apesar de ser usado como uma
opção temporária, há cardiologias que acreditam que a alternativa possa se
tornar algo permanente para pessoas não elegíveis para transplantes por vários
motivos, como a idade ou outras condições de saúde. No entanto, testes ainda
são necessários.
Fonte: Redação Terra
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