Publicado às 23h28
Levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro destaca que economia fluminense cresceu 5% comparada ao mesmo período do ano passado
A economia do estado do Rio de janeiro cresceu 2,4% no 3º
trimestre de 2023, conforme o levantamento da Federação das Indústrias do Rio
de Janeiro (Firjan). O percentual é muito acima do dado nacional que registrou
um leve avanço de 0,1%. O resultado representa um recorde na atividade
econômica fluminense, desde o início da série histórica iniciada pela federação
em 2003. De acordo com a nota técnica, houve um avanço de 5% do PIB fluminense
se comparado ao 3º trimestre do ano passado.
“O resultado do 3º trimestre do PIB fluminense é bem
positivo, com uma recuperação do setor de Serviços, que tem um peso na
contribuição do índice. Ainda assim, o crescimento da economia do Rio está
centrado na indústria extrativa e na construção como um diferencial para o
estado. Apesar dos desafios que se apresentam para o próximo ano, estimamos um
crescimento para a economia fluminense de 2,6%, acima da estimativa para a
economia nacional (+1,5%)”, destaca o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio
Gouvêa Vieira.
Responsável por mais da metade do PIB do estado, os
Serviços são os grandes responsáveis pelo resultado fluminense: cresceram 4,7%
frente ao mesmo período de 2022. Conforme o estudo, o crescimento é reflexo da
melhora do mercado do trabalho, da renda - com a valorização dos salário mínimo
-, a desaceleração da inflação e os benefícios sociais.
Já o segmento da indústria cresceu 5,9%, em relação ao 3º
trimestre de 2022, puxado pela indústria extrativa (10%) e a construção civil.
As obras de infraestrutura foram as principais responsáveis para o crescimento
de 6,8% da construção civil. O setor, aliás, foi o maior empregador da economia
fluminense no terceiro trimestre com a criação de 9.356 postos.
Já a indústria de transformação registrou uma retração de
1,9% em relação ao mesmo período de 2022. A federação destaca que o aumento na
produção de derivados de petróleo e biocombustível impediu uma maior retração
do segmento.
Apesar do baixo dinamismo da indústria, a economia do
estado do Rio de Janeiro deve continuar a apresentar números bastante
expressivos no último trimestre do ano e encerrar 2023 com uma taxa de 3,4%,
superando a média nacional (3%).
O estudo destaca também que ano de 2024 ainda será pautado
por muita incerteza e instabilidade. No cenário internacional, a persistência
de um ambiente de incertezas é influenciada por diversos fatores. A
fragmentação da economia global, a imprevisibilidade sobre o início do período
de uma política monetária mais flexível de grandes bancos centrais e o ritmo de
crescimento da economia chinesa são fatores de grande impacto nas economias
brasileira e fluminense e devem ser acompanhados de perto em 2024.
“No cenário nacional, a trajetória mais benigna da inflação
atual e a acomodação das expectativas no centro da meta abriram espaço para o
início de ciclos de cortes no país. Porém, o patamar de juros ainda elevado em
2024 deve continuar a ter impacto negativo no volume de negócios e
investimentos. Aliado a isso, o cenário fiscal inspira cautela. A continuidade
da redução da taxa de juros de maneira crível depende do cumprimento das regras
fiscais”, alerta o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.
A nota técnica “Rio de Janeiro: Resultados e perspectivas para o PIB – 3º Trimestre”
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