Publicado em 21/05/2023 às 10h39
Presidente
da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
explica como a cirurgia pode ajudar a resolver problemas respiratórios
A
rinoplastia é popularmente conhecida como um procedimento estético no nariz.
Porém, apesar de ser uma das principais causas pela busca da cirurgia, não é a
única delas. Muito além da aparência, a chamada rinoplastia funcional também
pode corrigir disfunções relacionadas à respiração, reparando a estrutura
interna e/ou externa do nariz.
Por mais que
sejam diferentes, ambos os procedimentos podem ser realizados em conjunto. De
acordo com o Dr. José Roberto Parisi Jurado, presidente da Associação Brasileira
de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), na maioria das
vezes, as cirurgias andam juntas, tanto a estética como a funcional.
“A principal
diferença entre os procedimentos é que a rinoplastia funcional visa corrigir as
estruturas anatômicas e internas no nariz para melhorar a capacidade
respiratória do paciente. Já a rinoplastia estética tem como objetivo melhorar
a aparência do nariz em relação ao restante do rosto, proporcionando mais
harmonia e simetria ao rosto. E a estética pode ser realizada junto da
funcional”, explica Jurado.
Recomendada
para diversos tratamentos de problemas respiratórios, o procedimento funcional
contribui para casos de anomalias estruturais ou funcionais que ocorrem durante
o crescimento e desenvolvimento da face, para casos em que o paciente teve
algum trauma na região ou pacientes que possuam outros problemas respiratórios
associados.
A cirurgia
de rinoplastia funcional deve ser indicada após o diagnóstico claro do
problema, por meio do exame detalhado do nariz, feito em consultório
otorrinolaringológico por especialista, que analisa a região e define se o
paciente possui algum tipo de obstrução nasal.
Benefícios
Para
restabelecer as estruturas do nariz, oferecendo mais conforto respiratório ao
paciente, a cirurgia inclui correção das válvulas nasais, ajustes de desvio de
septo, patologia dos seios da face e traumas ou lesões na região.
Além disso,
a rinoplastia funcional também pode tratar as insuficiências de válvulas
nasais, tanto a interna como a externa, que são regiões anatômicas do nariz
importantes para a passagem de ar. O tratamento ajuda a evitar uma possível
dificuldade de respiração pelo nariz.
“Pacientes
que têm quadros recorrentes de sinusite também podem ser tratados por meio da
rinoplastia funcional, em que são acessados os seios da face e pode, por
exemplo, desobstruir a drenagem destas estruturas, evitando o acúmulo de
secreção e a ocorrência de infecções”, esclarece Jurado.
Outro
possível benefício é a melhora das dores de cabeça que podem ser decorrentes de
alterações nasais, como desvios de septo e hipertrofia de cornetos.
“Nestes
casos, os pacientes alegam dores tipicamente atrás dos olhos ou mesmo ao redor
da órbita, que muitas vezes se assemelham a quadros de sinusite. Isto se dá
pelo fato de a mucosa interna do nariz ter inervação de nervos sensitivos, que
podem ser estimulados a partir de alterações no fluxo de ar ou pontos de
contato interno”, completa o presidente da ABORL-CCF.
Fazer uma
cirurgia para a melhora na função nasal ou qualquer outra condição física que
dificulte a respiração faz diferença na qualidade de vida do paciente. Por
isso, após o diagnóstico médico, a rinoplastia funcional pode ser benéfica e o
ponto-chave de melhoria da saúde respiratória e da autoestima.
Sobre a
ABORL-CCF
Com 75 anos
de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de
Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o
desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos
de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais
e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores
formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600
otorrinolaringologistas em todo o país.
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