Publicado em 08/11/2022 às 12h13
Importante aliado à consulta e
avaliação médica, os exames laboratoriais permitem diagnosticar deficiências
nutricionais, altas concentrações de gordura e açúcar no corpo e disfunções na
tireoide, fígado e rins
A partir do
avanço da ciência e tecnologia, os exames diagnósticos são cada vez mais
decisivos na aplicação da mais adequada conduta médica de diversas patologias.
Atualmente, as análises laboratoriais contemplam amplo leque de possibilidades
que apoiam os profissionais médicos para detectar alterações metabólicas,
diagnosticar doenças em estágios iniciais e analisar a necessidade de
investigação complementar e/ou de tratamento. Sua utilização de acordo com
diretrizes médicas mais atualizadas traz inúmeros benefícios aos pacientes.
De acordo
com o Dr. Alberto Duarte, líder médico do Laboratório e Patologista Clínico do
Hcor, dependendo do estado de saúde do paciente, podem haver mudanças nos
exames de rotina solicitados e na frequência com que são realizados. No
entanto, de maneira geral, o ideal é que sejam feitos, pelo menos, seis grupos
de testes, uma vez ao ano. “O primeiro é o hemograma
completo, que quantifica as células do sangue - glóbulos brancos, glóbulos
vermelhos e plaquetas. Níveis anormais desses componentes podem indicar
deficiência nutricional, problemas de coagulação, infecções, distúrbios do
sistema imunológico e até leucemia”, explica.
O segundo é
o painel metabólico básico, que analisa cálcio, glicose, sódio, potássio, ureia
e creatinina, por exemplo. “Alterações podem indicar doença renal, diabetes ou
desequilíbrios hormonais”, esclarece. Uma análise mais completa também pode ser
considerada através de um painel metabólico abrangente, que além dos testes
básicos, conta com medições das proteínas séricas através de uma eletroforese,
fosfatase alcalina (ALP), alanina aminotransferase (ALT), aspartato
aminotransferase (AST) e bilirrubina. “Altos níveis dessas últimas enzimas
podem indicar disfunções hepáticas, como cirrose, hepatite e câncer no fígado”,
completa.
O terceiro é
o de lipídeos, que verifica o “colesterol bom” e o “colesterol ruim”. “A
lipoproteína de alta densidade (HDL) é ‘boa’ porque remove substâncias nocivas
do sangue e ajuda o fígado a transformá-las em resíduos. Já a lipoproteína de
baixa densidade (LDL) é ‘ruim’ porque pode causar o desenvolvimento de placas
nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas. Como complemento se
impõem cuidados cardiológicos avaliados através de biomarcardores, como a
troponina e o peptideo natriurético cerebral (NT-proBNP), que indicam lesões
cardíacas e insuficiência cardíaca, respectivamente”, esclarece.
Ainda de
acordo com o especialista, um quinto grupo de exames importantes no check-up é
o dos hormônios, como os da tireoide. “Níveis anormais de tiroxina livre (T4
livre) e hormônio estimulante da tireoide (TSH) podem indicar hipotiroidismo,
que pode prejudicar importantes funções corporais, como humor, nível de energia
e metabolismo geral”, exemplifica o Dr. Duarte. Vale ainda acrescentar, no caso
de um check up de mulheres, os hormônios femininos, como o estrógeno e a
progesterona. No check-up masculino é importante verificar a testosterona e
fazer uma análise da próstata por meio do PSA livre e total. Estes últimos,
principalmente após os 50 anos de idade”, indica.
Com o
advento de pandemias, como a promovida pelo SARS-CoV-2, o aumento da frequência
de outras infecções virais e o crescimento de casos de câncer, passou a ser
importante no check-up anual um sexto grupo de exames para avaliar o sistema
imunológico. “Parte desta análise já está inserida na contagem de células
brancas do hemograma, mas a quantificação dos níveis de IgG, IgA e IgM séricos
se mostram importantes para a avaliação da resposta humoral. Da mesma forma,
podemos analisar a memória imunológica com a pesquisa de anticorpos a infecções
frequentes, que passam muitas vezes despercebidas, como mononucleose infecciosa
(EBV), citomegaloviroses (CMV), toxoplasmoses, hepatites A, B e C. A avaliação
da resposta imunológica humoral recente pode ser aferida por meio da pesquisa
de anticorpos antipneumococos e anti-hepatite B pós-vacinação específica”,
detalha o Dr. Duarte.
Ainda, e não
menos importante, também é indicada a realização de testes para infecções
sexualmente transmissíveis (IST), como hepatites, HIV e sífilis. “Aqui, vale
ressaltar que existe uma ‘janela’ para detecção do vírus HIV na análise
laboratorial. Havendo suspeita de infecção e se o teste inicial for negativo, deve
ser indicada a repetição do exame após 30 dias”.
Laboratório em casa
Para quem
não tem condições de se deslocar ou prefere fazer os testes com maior
conveniência e conforto, existe a possibilidade de realizar a coleta dos exames
laboratoriais em domicílio. Está crescendo o número de laboratórios que já usam dessa opção.
Fonte: Ascom / Andressa Aricieri
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