Publicado em 22/11/2022 às 22h05
Após duas
horas de sessão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou
maioria na noite desta terça-feira (22/11) para aprovar o uso emergencial de
duas vacinas bivalentes contra a covid-19. Três dos cinco diretores aprovaram o
uso dos imunizantes produzidos pela Pfizer para proteger contra as subvariantes
da Ômicron do novo coronavírus.
A reunião
ainda está em andamento, mas a autorização pode ser considerada aprovada porque
a maioria dos diretores votaram a favor. A Anvisa autorizou a aplicação como
doses de reforço em pessoas a partir de 12 anos, três meses depois da última
dose de reforço.
Consideradas
de segunda geração, as vacinas bivalentes protegem contra a variante original
do novo coronavírus, da Província de Wuhan (China), e contra as últimas
subvariantes da Ômicron. Esta última é mais transmissível, porém mais branda,
com o vírus se concentrando na garganta e não atingindo os pulmões. A variante
original é menos contagiosa, porém mais perigosa e mais mortal.
Os
imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a
identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, em que
uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do vírus nas células, é
injetada para estimular a produção de anticorpos.
Compra
Caberá agora
ao Ministério da Saúde comprar as vacinas bivalentes. Atualmente, a pasta tem
um contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer a serem
entregues a partir deste ano. O acordo prevê o acréscimo de 50 milhões de
doses, inclusive imunizantes atualizados ou pediátricos, caso o ministério peça.
Durante seu
voto, a diretora Meiruze Souza Freitas, relatora do processo, disse que as
vacinas bivalentes já são usadas em várias partes do mundo e que, apesar das
vacinas originais continuarem eficazes, as bivalentes acrescentam uma opção de
imunização. Ela conclamou a importância da vacinação porque, segundo ela, ainda
não é possível saber a gravidade das variantes BA4/BA5.
Histórico
Em agosto, a
Pfizer enviou à Anvisa o primeiro pedido de análise da vacina bivalente que
protege contra a subvariante Ômicron BA.1. No fim de setembro, a fabricante
entrou com o segundo pedido de análise, contra as subvariantes BA.4 e BA.5.
A decisão da
agência ocorre no momento de aumento de casos no país ligados à circulação de
uma nova subvariante da Ômicron. Na semana passada, o Ministério da Saúde
emitiu alerta sobre a circulação de novas linhagens no país. Uma delas reduz as
barreiras para o vírus entrar nas células humanas. A outra aumenta o risco de
reinfecção.
De acordo
com o Ministério da Saúde, a média móvel de casos subiu 120% na semana de 6 a
11 de novembro em relação à semana anterior. Os óbitos aumentaram 28% na mesma
comparação.
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