Publicado em 30/09/2022 às 15h30
O transplante de fígado para o tratamento de pacientes com
doença hepática, contemplados com a disponibilização do órgão por meio de fila
única do Sistema Único de Saúde (SUS), passará a ter cobertura obrigatória
pelos planos de saúde.
A decisão foi anunciada hoje (30) pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) e passará a integrar o rol da agência a partir de sua
publicação no Diário Oficial da União (DOU), prevista para segunda-feira (3).
A Diretoria Colegiada da ANS aprovou também nesta
sexta-feira a inclusão do medicamento Regorafenibe, para o tratamento de
pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático, no rol de
procedimentos e eventos em saúde.
De acordo com a ANS, as tecnologias cumpriram os requisitos
previstos em norma e passaram por todo o processo de avaliação e incorporação
após serem apresentadas por meio do FormRol, o processo continuado de avaliação
da agência, cuja análise é baseada em avaliação de tecnologias em saúde.
Trata-se de um sistema de excelência que prima pela saúde baseada em
evidências.
As tecnologias também discutidas em reuniões técnicas da
Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar
(Cosaúde), realizadas entre junho e setembro deste ano, com ampla participação
social.
Ajustes
Para assegurar cobertura aos procedimentos vinculados ao
transplante hepático, foram realizados ajustes ao Anexo I do Rol, que traz a
listagem dos procedimentos cobertos, incluídos procedimentos para o
acompanhamento clínico ambulatorial e para o período de internação do paciente,
bem como os testes para detecção quantitativa por PCR (proteína C reativa) do
citomegalovírus e vírus Epstein Barr.
As reuniões técnicas da Cosaúde contaram com representantes
do Ministério da Saúde e da Central Nacional de Transplantes, visando assegurar
que o transplante seguirá sua cobertura conforme a situação do paciente na fila
única nacional gerida pelo SUS e de acordo com os processos definidos pelo
Sistema Nacional de Transplantes.
Outros medicamentos
A diretoria da ANS aprovou ainda a inclusão de outros quatro
medicamentos no rol de procedimentos. Trata-se de antifúngicos que podem ter
uso sob regime de administração injetável ambulatorial e que possibilitam a
desospitalização de pacientes em um contexto de aumento de micoses profundas
graves como resultado da pandemia de covid-19.
Os medicamentos são Voriconazol, para pacientes com
aspergilose invasiva; Anfotericina B lipossomal, para tratamento da mucormicose
na forma rino-órbito-cerebral; Isavuconazol, para tratamento em pacientes com
mucormicose; e Anidulafungina, para o tratamento de candidemia e outras formas
de candidíase invasiva.
A ANS destacou que esta é a 13ª atualização do rol em 2022.
Somente este ano, foram incorporados à lista de coberturas obrigatórias 12
procedimentos e 25 medicamentos, bem como ampliações importantes para pacientes
com transtornos de desenvolvimento global, como o transtorno do espectro
autista, além do fim dos limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia,
terapia ocupacional e fisioterapia, desde que sob indicação médica.
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários
As opiniões aqui feitas por internautas não refletem necessariamente a opinião do Blog Paulo Roberto News.