Publicado em 17/05/2021 ás 12h23
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Bruno Covas foi à final da Libertadores no dia 30 de janeiro. Foto: Reprodução Internet |
Faleceu ontem (16), ao 41 anos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas Lopes, que também era economista, advogado e torcedor do Santos Futebol Clube.
Este ano, no dia 30 de janeiro, Bruno Covas que estava em período de licença médica, foi com seu filho Tomás, de 15 anos, ao Estádio do Maracanã, era um sábado a tarde. Na ocasião, era final da Taça Libertadores, e apesar da pandemia de Covid-19, A Conmebol, (entidade que organiza a competição), conseguiu que cerca de 5 mil convidados estivessem presentes no estádio.
Após o evento, o prefeito de São Paulo, recebeu diversas críticas na Internet e meios de comunicação. Isso porque, a sua ida era perigosa para si e também era uma quebrada nas medidas de restrições que aconteciam pelo país.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a comentar o caso "Fique em casa para uns, e para outros é Miami e Maracanã". Fazendo referência também a João Dória, governador de São Paulo, que em dezembro do ano anterior, tinha ido a Miami, após fazer endurecimento de medidas restritivas de combate à Covid-19, em São Paulo.
Bruno chegou a explicar a sua ida através de nota
“Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila.” - Bruno Covas Lopes
Diante dessa situação, o que você faria meu caro leitor?
Deixaria passar a oportunidade, ou faria semelhante a Bruno Covas indo ao evento junto com seu filho em meio as dificuldades?
O caso abre um leque de reflexões
Uma delas é a crítica compulsiva ou crítica "Maria vai com as outras", já que todos estão criticando também vou criticar! Não há problema em expressar sua opinião. Eu como jornalista zelo pela liberdade de opinião. Mas o que quero salientar aqui é a critica sem analise ou egoísta que eu e você sempre corremos o risco de cair.
Na bíblia, encontramos um texto que nos ajuda a ter cautela ao falar sobre alguém: "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Não há problema algum em opinar sobre algo, ou corrigir alguém. O que devemos é não cair na hipocrisia de criticar aquilo que nós fazemos ou faríamos.
Zele pelos seus!
Bruno recebe visita do filho Tomás no hospital. Foto: Reprodução Instagram
O mês de maio é considerado o mês da família. Diante disso, não perca momentos com os seus filhos, pais ou até mesmo amigos, por questões tolas, ganancia, egoismo e preguiça. Mesmo diante das dificuldades enfrentadas pela pandemia ou outras circunstâncias, busque sempre estar perto ou em contato.
Bruno Covas é enterrado no cemitério do Paquetá, em Santos
Cemitério do Paquetá, foto aérea: Alexandre Valdivia/G1
O Texto abaixo é de Letícia Gomes, G1 Santos
O corpo do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi sepultado no Cemitério do Paquetá, em Santos, no litoral paulista, no início da noite deste domingo (16). Familiares se despediram do político no mesmo local em que o avô, Mário Covas, foi enterrado em 2001, após morrer de câncer na bexiga. Covas lutava desde 2019 contra um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado.
Bruno Covas estava internado desde 2 de maio. Na última sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível. De acordo com a unidade, o prefeito faleceu às 8h20 deste domingo (16).
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