Publicado às 15h02
O governo federal poderá
investir até R$ 3,5 bilhões em publicidade ao longo de 2025, considerando os
contratos já firmados e as licitações em andamento. O montante inclui despesas
de ministérios, bancos públicos e estatais e representa um aumento significativo
em relação ao governo anterior.
A ampliação dos investimentos
ocorre no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca
reverter a queda na popularidade e fortalecer a divulgação de programas
governamentais, como o Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e
o Mais Acesso a Especialistas, do Ministério da Saúde.
Principais contratos de
publicidade
Atualmente, 21 órgãos
federais já assinaram contratos ou estão com processos licitatórios em
andamento. Entre os maiores investimentos previstos estão:
- Banco do Brasil –
R$ 750 milhões
- Secretaria de Comunicação Social (Secom) –
R$ 562,5 milhões
- Caixa Econômica Federal –
R$ 468,1 milhões
- Correios – R$ 380
milhões
Os Correios, que não investiam
em publicidade desde 2019, agora buscam reposicionar sua marca no setor
de encomendas e concorrer com gigantes do mercado. A estatal terá um
dos maiores investimentos publicitários do governo, superado apenas pelos
contratos do Banco do Brasil, Secom e Caixa.
Já o menor contrato previsto é
o da Infraero, com R$ 7 milhões anuais.
Comparação com o governo
Bolsonaro
Ao final do governo Jair Bolsonaro (PL),
os contratos de publicidade federal somavam R$ 2,5 bilhões, já
ajustados pela inflação. Esse valor incluía gastos de empresas que foram
privatizadas, como a Eletrobras e a Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (Chesf), vendidas em 2022.
Agora, segundo o governo Lula, a ampliação
dos contratos visa “melhorar a transparência e divulgar políticas
públicas”. No entanto, o valor licitado representa um teto de gastos,
podendo ser reduzido conforme a demanda.
Por exemplo, o Ministério
do Desenvolvimento e Assistência Social reservou R$ 90,3
milhões para publicidade em 2024, embora o contrato permita investimentos
de até R$ 120 milhões ao ano.
O volume expressivo de
recursos destinados à publicidade pode reacender debates sobre os gastos
do governo e o uso de verba pública para promoção institucional,
especialmente diante de desafios econômicos e da necessidade de investimentos
em áreas prioritárias.
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