Governo Lula poderá gastar até R$ 3,5 Bilhões em publicidades em 2025

 Publicado às 15h02


Lula e Sidônio Palmeira. Foto: Ricardo Stuckert


 

 Aumento expressivo ocorre em meio à queda de popularidade do presidente


O governo federal poderá investir até R$ 3,5 bilhões em publicidade ao longo de 2025, considerando os contratos já firmados e as licitações em andamento. O montante inclui despesas de ministérios, bancos públicos e estatais e representa um aumento significativo em relação ao governo anterior.

 

A ampliação dos investimentos ocorre no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca reverter a queda na popularidade e fortalecer a divulgação de programas governamentais, como o Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e o Mais Acesso a Especialistas, do Ministério da Saúde.

 

Principais contratos de publicidade

Atualmente, 21 órgãos federais já assinaram contratos ou estão com processos licitatórios em andamento. Entre os maiores investimentos previstos estão:

 

  • Banco do Brasil – R$ 750 milhões
  • Secretaria de Comunicação Social (Secom) – R$ 562,5 milhões
  • Caixa Econômica Federal – R$ 468,1 milhões
  • Correios – R$ 380 milhões

Os Correios, que não investiam em publicidade desde 2019, agora buscam reposicionar sua marca no setor de encomendas e concorrer com gigantes do mercado. A estatal terá um dos maiores investimentos publicitários do governo, superado apenas pelos contratos do Banco do Brasil, Secom e Caixa.

 

Já o menor contrato previsto é o da Infraero, com R$ 7 milhões anuais.

 

Comparação com o governo Bolsonaro

Ao final do governo Jair Bolsonaro (PL), os contratos de publicidade federal somavam R$ 2,5 bilhões, já ajustados pela inflação. Esse valor incluía gastos de empresas que foram privatizadas, como a Eletrobras e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), vendidas em 2022.

 

Agora, segundo o governo Lula, a ampliação dos contratos visa “melhorar a transparência e divulgar políticas públicas”. No entanto, o valor licitado representa um teto de gastos, podendo ser reduzido conforme a demanda.

 

Por exemplo, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social reservou R$ 90,3 milhões para publicidade em 2024, embora o contrato permita investimentos de até R$ 120 milhões ao ano.

 

O volume expressivo de recursos destinados à publicidade pode reacender debates sobre os gastos do governo e o uso de verba pública para promoção institucional, especialmente diante de desafios econômicos e da necessidade de investimentos em áreas prioritárias.

 

Fonte: Folha Destra 

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