Infraestrutura está diretamente ligada ao crescimento do mercado livre de gás natural no país, aponta estudo da Firjan

 Publicado às 15h50


Infraestrutura está diretamente ligada ao crescimento do mercado livre de gás natural no país, aponta estudo da Firjan


Lançamento do ‘Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025’, publicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, reuniu empresas transportadoras e distribuidoras

 


 

O Desenvolvimento de Infraestrutura e o Mercado Livre de Gás Natural foram temas do primeiro painel, durante o lançamento do estudo Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025. Representantes da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás), da Naturgy e do Conselho de Usuários (CDU) debateram o cenário do transporte do gás, principalmente no estado do Rio de Janeiro, sob a moderação de Fernando Montera, gerente de Cenários de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI, em 30/1, no auditório Aquário da Casa Firjan.



A rede de gás do país cobre os estados que representam 90% do PIB brasileiro e serve 40% às indústrias, 40% às térmicas, e 20% ao GNV e outros consumos. “A abertura do mercado trouxe um novo papel para o sistema de transporte, tendo a conexão como essencial. A plataforma de infraestrutura para que a conexão entre os diversos agentes aconteça é o sistema de transporte. Para que ele funcione, precisamos acompanhar a evolução dos mercados”, garantiu Rogério Manso, presidente executivo da ATGás.



As empresas de transporte têm obrigação legal de apresentar planos de desenvolvimento a cada 10 anos. De acordo com Manso, elas trabalharam mais de dois anos para atualizar os diversos projetos e os desafios que estão por vir. As principais fontes de suprimento para o transporte são as Bacias de Campos e de Santos. Há ainda a produção em terra, com papel menor, no Nordeste, no Espírito Santo e no Amazonas. Há cerca de duas décadas, o Brasil se interligou a gasodutos da Bolívia e da Argentina.

Já a Naturgy, que detém a concessão de distribuição de gás no estado, parabenizou a reguladora do Rio de Janeiro, parabenizou a reguladora do Rio de Janeiro por ter posto o estado na vanguarda da regulação. “É o estado produtor de 70% do gás do país. Temos hoje no Rio de Janeiro três grandes clientes que migraram para o mercado livre: CSN, Gerdau e Ternium. São Paulo pode ter mais clientes, mas nosso volume é maior. Apenas a CSN faz aquisição de gás em volume superior à maioria dos estados da nação. Isso muda tudo”, analisou Alessandro Monteiro de Menezes, diretor de Regulação da Naturgy Brasil.



Até 2009, havia apenas um carregador, a Petrobras. Quando surgiu a legislação do gás, houve um movimento de descentralização, a própria Petrobras deixou de ser verticalizada e vendeu as transportadoras. “E hoje no estado, nós além de acompanharmos o volume de gás que adquirimos do nosso supridor, temos que fazer o balanço de gás da CSN e da Gerdau, fazer a gestão do volume. Por isso, a necessidade da regulamentação do acordo operacional”, concluiu Menezes.



Já o Conselho de Usuários, instituição prevista na Lei do Gás, trata da responsabilidade dos carregadores, que antes era apenas a Petrobras e hoje chega a 20 ativos. Sylvie D’Apote, presidente do CDU, explica que há vários tipos de contrato de transporte. Carregadores são agentes que utilizam ou pretendem utilizar o serviço de transporte de gás natural em gasoduto de transporte, mediante autorização da ANP.


"Antes os contratos tinham 300 páginas, uma bíblia, agora estão mais transparentes. A CDU é formada por carregadores e instituições que representam as principais classes de carregadores e de órgãos ligados ao sistema. E houve um aumento dos tipos de contratos de transporte: anuais, mensais, diários, só de entrada, os de entrada e saída, os só saída. Então queremos facilitar esse diálogo, para o setor ser mais transparente e competitivo”.

 

 Fonte: Ascom / Firjan 



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