Publicado às 18h41
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Foto: Divulgação |
Brasil fecha 2024 com 17,7 milhões de emissões da nova identidade nacional
O ano de 2024 marcou o período
de popularização da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), inovação do
Governo Federal para reduzir fraudes, melhorar cadastros administrativos e
qualificar o acesso a serviços públicos digitais. Nos últimos 12 meses, 14,9
milhões de CINs foram emitidas e, com isso, o país fechou o ano com um total de
17,7 milhões de novos registros.
SEGURANÇA –
A Carteira de Identidade Nacional possibilita acesso mais seguro (conta Ouro)
aos mais de 4.500 serviços digitais disponíveis no portal GOV.BR. No futuro, os
serviços poderão, inclusive, ser ofertados de forma mais automatizada.
COMO FAZER —
Uma das principais inovações é o padrão nacional e número único, o CPF. Todas
as pessoas têm até 2032 para fazer a troca do documento. A primeira via é
gratuita para todos. A CIN é emitida em todos os estados (confira em
gov.br/identidade). Para fazer, é necessário levar certidão de nascimento ou de
casamento.
POR ESTADOS —
Minas Gerais lidera o número de emissões entre as Unidades da Federação, com
2,18 milhões de CINs. O estado é seguido pelo Rio Grande do Sul (1,78 milhão),
Rio de Janeiro (1,52 milhão), São Paulo (1,42 milhão), Santa Catarina (1,32
milhão) e Paraná (1,26 milhão), os seis estados com mais de um milhão de
emissões.
PROPORÇÃO —
Na perspectiva de proporção da população, o Piauí lidera as estatísticas. Com
935 mil emissões até dezembro de 2024, o estado conta com 27,7% de sua
população com acesso ao novo documento. Outros cinco estados têm mais de 15% da
população com a CIN emitida: Acre (200,5 mil emissões e 22,78% da população),
Mato Grosso (691,5 mil/18%), Alagoas (573,4 mil/17,8%), Santa Catarina (1,32
milhão/16,3%) e Rio Grande do Sul (1,78 milhão/15,8%).
FAIXA ETÁRIA —
Os mais jovens lideram na emissão do documento. Na divisão por faixa etária, o
maior percentual de emissões é na faixa de 15 a 19 anos, que responde por 11%
do total de documentos impressos. Na sequência aparecem os brasileiros e
brasileiras com idade entre 10 e 14 anos (8,9% das emissões).
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA —
A nova carteira pode contemplar símbolos internacionais que identificam pessoas
com deficiência visual e/ou auditiva, Transtorno do Espectro Autista e pessoas
com deficiência intelectual, medidas importantes para ajudar a consolidar
direitos. Das 17,7 milhões de emissões até o fim de 2024, 289 mil são de
pessoas com deficiência, divididas entre Transtorno do Espectro Autista (56%),
deficiência intelectual (16,7%), física (14,7%), visual (7%) e auditiva (5,5%).
TECNOLOGIA —
Estudante de Biblioteconomia da Universidade de Brasília (UnB) e estagiária do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ana Isabel ressalta algumas das vantagens
da CIN. “Melhorou muita coisa, porque agora a tecnologia conseguiu dar essa
possibilidade de as coisas não precisarem ser físicas. Às vezes, a gente não
quer levar bolsas, a gente só leva o celular. Gostei bastante”.
BEBÊS —
Mesmo bebês podem retirar o documento. É o caso do filho de oito meses de Pedro
Sodré, morador do Guará, uma das regiões administrativas de Brasília. Sodré
conta que fez a carteira do filho porque tem viagem marcada e se sentiu mais
seguro. “A certidão de nascimento não tem foto, então a gente ficou mais
seguro. É mais confiável e dá para identificar corretamente o bebê. Qualquer
coisa que aconteça a gente pode mostrar que ele realmente é nosso filho”,
explicou.
INFRAESTRUTURA DIGITAL —
Para automatizar os serviços públicos, o Governo Federal, por meio do
Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, trabalha na construção de
uma Infraestrutura Pública Digital (IPD) de Identificação Civil. Essa IPD usa a
base de dados da CIN e a identificação em meios digitais do Gov.br. Uma IPD é
um conjunto de sistemas digitais compartilhados que devem ser seguros e
interoperáveis. Esses sistemas podem ser construídos a partir de especificações
e padrões abertos. “O foco do trabalho é simplificar a vida dos cidadãos.
Queremos que eles tenham visão de governo único quando acessarem o Gov.br, que
a plataforma esteja alinhada à jornada de vida da pessoa e essa IPD é
fundamental para isso”, disse o secretário de Governo Digital, Rogério
Mascarenhas. Para o secretário, o gov.br deve informar sobre o Enem ou sobre
como tirar uma carteira de motorista se quem estiver acessando for uma pessoa
de 18 anos. “Agora, se for um idoso, poderá informar sobre aposentadoria ou
concessão de benefícios. No futuro, esperamos que essa concessão seja
automática, pois um cidadão bem identificado não precisa comprovar que tem
direito a um benefício”, complementou.
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