Publicado em 04/09/2023 às 10h13
Além de comprometer a estética do sorriso, o
tabagismo também aumenta as chances do desenvolvimento de doenças periodontais
e afeta a cicatrização. Odontologista explica quais são os principais riscos.
O hábito de fumar não apenas prejudica os sistemas
respiratório e cardiovascular, mas também causa danos significativos à cavidade
oral. Isso acontece devido aos produtos químicos presentes no cigarro
tradicional e eletrônico, como vapes. Eles podem manchar o esmalte dos dentes,
comprometer a circulação sanguínea nas gengivas e reduzir a capacidade do corpo
de combater infecções.
A odontologia desempenha um papel fundamental em
conscientizar, prevenir, diagnosticar e tratar problemas bucais relacionados ao
tabagismo. “Ao trabalhar de forma personalizada, podemos fornecer orientações
visando não apenas a melhoria da região bucal, mas também da saúde de maneira
geral”, explica Paola Kerber, Gerente de Operações da Yappy Campinas.
Efeitos do consumo de cigarro eletrônico para a
saúde bucal
O uso de vapes tem gerado ainda mais preocupação sobre o
impacto do tabagismo na saúde dos dentes. O líquido presente dentro dos
dispositivos contém substâncias ácidas que podem causar a erosão do esmalte
dental, os tornando mais sensíveis com o passar dos anos. Além disso, a
inalação da fumaça é capaz de causar irritação na gengiva e também na mucosa da
boca, aumentando os riscos de doenças periodontais.
O hábito de fumar carrega uma série de transtornos que se
refletem a longo prazo. “Fumantes frequentes muitas vezes enfrentam o desafio
de dentes amarelados e manchados, comprometendo a estética do sorriso.
Entretanto, há uma variedade de problemas e doenças bucais que podem surgir
devido ao vício”, comenta a especialista.
Abaixo, a especialista aponta os principais riscos que o
tabagismo pode causar aos dentes e à saúde bucal como um todo:
· Manchas: o
tabagismo é conhecido por causar manchas nos dentes ao longo do tempo. Os
produtos químicos presentes nos cigarros, como a nicotina e o alcatrão, aderem
à superfície dos dentes, resultando em um tom amarelado ou marrom. Essas
manchas podem ser tratadas com clareamento dental, que leva em consideração sua
coloração original.
· Doenças
periodontais: o tabagismo compromete a circulação sanguínea
e prejudica o sistema imunológico, o que pode aumentar o risco de
desenvolvimento de doenças periodontais, como gengivite e periodontite. Essas
condições podem levar à inflamação das gengivas, retração gengival e, em casos
mais graves, perda óssea.
· Diminuição
da cicatrização: fumantes têm uma capacidade de cicatrização
reduzida em comparação com não fumantes. Isso é especialmente relevante em
procedimentos odontológicos, como extrações de dentes ou implantes. A
odontologia de precisão considera a saúde sistêmica do paciente, incluindo o
hábito de fumar, para adaptar os planos de tratamento focando na redução de
riscos associados à cicatrização.
Redução da sensibilidade: o
vício em tabaco pode prejudicar a sensibilidade dos tecidos orais, incluindo a
língua e o paladar. Isso pode levar a uma diminuição na percepção de sabores e
texturas, afetando a escolha de alimentos e, consequentemente, a nutrição.
· Câncer
bucal: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de câncer bucal. Os produtos químicos presentes no tabaco podem
causar mutações genéticas nas células da boca, levando ao crescimento de
células cancerígenas. Isso pode resultar em câncer nos lábios, língua,
gengivas, revestimento das bochechas e palato.
· Redução
da saliva: fumar causa redução da saliva, devido à irritação das
glândulas salivares e danos no revestimento bucal. A saliva desempenha um papel
importante na saúde da boca e também na digestão. Por essa razão, qualquer
modificação pode gerar efeitos diversos como, aumento na incidência de cáries,
mau hálito, risco de infecções e doenças periodontais.
· Impacto
na osseointegração: a osseointegração é um processo de união
física, biológica e mecânica entre implantes dentários e o osso da mandíbula.
Esse procedimento é crucial na odontologia e o tabagismo pode causar um impacto
negativo, além de afetar o sucesso da osseointegração. O hábito de fumar pode
atrasar a cicatrização, diminuir a formação óssea ao redor do implante e,
consequentemente, reduzir a osseointegração.
“A conscientização sobre os impactos negativos do tabagismo
nos dentes é essencial, não apenas para manter um sorriso saudável, mas também
para melhorar a qualidade de vida. Para os pacientes que não fumam, o indicado
é realizar um check-up bucal a cada 6 meses - com limpeza inclusa. Já no caso
de pacientes tabagistas, é recomendado que as visitas ao dentista sejam feitas
com uma maior frequência, devendo ocorrer a cada 3 meses”, finaliza Paola
Kerber.
Fonte: Digital Trix
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