Publicado em 12/06/2023 às 15h01
Veterinária explica que a
recente suspensão da única vacina contra a doença no mercado pode ocasionar
dúvidas entre os profissionais e tutores sobre o controle e prevenção da
enfermidade
A leishmaniose visceral possui ampla distribuição mundial, sendo o
Brasil um dos cinco países que concentram 90% dos casos, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é considerada a segunda doença
parasitária que mais mata no mundo, por isso é extremamente importante focarmos
em controle e prevenção. Recentemente, a fabricação e venda da única vacina
para a proteção dos cães foram suspensas, o que causou muitas dúvidas nos
tutores e profissionais do setor. Segundo Kathia Almeida Soares,
médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal, o medo mais
comum é de que os pets fiquem desprotegidos sem a vacinação, mas ela ainda
reforça que, segundo o Brasileish e o Leishvet, a principal forma de prevenção
é a utilização de inseticida tópico com propriedade repelente, como o uso de
coleira antiparasitária.
“O método primário de prevenção da infecção por Leishmania
infantum em cães é por meio do uso de inseticidas tópicos com
propriedade repelente, como os produtos à base de piretróides sintéticos. A
vacina é uma medida adicional indicada como forma de proteger os animais
soronegativos. Contudo, é importante enfatizar que ela não substitui o uso dos
inseticidas tópicos”, explica Kathia.
A veterinária ainda acrescenta que estudos de larga escala têm
demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na
prevenção e controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde
pública no Brasil. No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a
coleira antiparasitária. Isso porque o tutor precisa entender se o produto que
está utilizando tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas
no assunto e se a sua eficácia é comprovada.
Kathia deixa uma dica sobre um produto do mercado, a Scalibor. “A
coleira antiparasitária, que é produzida pela MSD Saúde Animal, possui em sua
composição a Deltametrina 4% e é indicada para proteger os cães contra os
vetores da leishmaniose. Os cães a partir de 3 meses de idade já podem utilizar
a Scalibor e a recomendação é que sua troca seja feita a cada 4 meses. Além de
tudo isso, o bacana é que ela não tem cheiro e não é necessário retirá-la para
dar banho no pet”, explica a profissional.
A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada em 2021 pelo
Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do processo
nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios
prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e
muito intensa, disponibilizam o produto.
Outros cuidados
Existem outros cuidados importantes não só para proteger os cães,
como também os seres humanos, como: evitar passeios no período de maior
atividade do mosquito, sendo ao entardecer e anoitecer, dar um destino adequado
aos resíduos sólidos que podem servir de criadouro para o mosquito, uso de
inseticidas no ambiente e colocação de telas em portas e janelas.
Siga sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que poderá fornecer todas as informações e cuidados necessários garantindo assim a saúde do seu cãozinho e de toda a sua família.
Fonte: Nathalia / Agência Ketchum
0 Comentários
As opiniões aqui feitas por internautas não refletem necessariamente a opinião do Blog Paulo Roberto News.